sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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De ti o medo que partiu
infinito e só
nascer enlaçada a ferro

de ti se parte
além do sonho
acordada em transe

de mim dou
o íntimo invisível
o lugar invertido

nas estacas cravadas
nos cadáveres vivos
na desordem dos favos

ainda sobre penas
sobre o mar
um estranho acessível

visita os cômodos
abertos da noite
a bailarina e as borboletas

aqui deste lugar cego
em volta da lâmpada em brasa
os pés fincados no espaço.


Josi Gui

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