segunda-feira, 8 de agosto de 2011

              No espaço acima da cabeça
as asas
de um Fausto de um gato rouco
plumas do cão
guia a janela aberta
a noite demorada
o líquido vermelho
a língua veludo
esticada
a corda
no limite dos dedos
acordados
a pisar em brasas
na dança das brasas


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

As curvas da estrada, os arcos das montanhas, o mar invisível, o traço do horizonte fora de mim, sons diversos. Na estrada contínua o pedalar dessa vontade de não ter fim ir além.
Onde moras?
Não está? E os que já pousaram , os que repousam quietos e satisfeitos? Meus anjos ou demonios  tem os mesmos pares de asas e dividem o caminho, na dúvida há certezas. Devo ver as cartas? devo algo? Eu quero é andar, nua , endiabrada e angelical pelas montanhas da minha sorte.