domingo, 21 de novembro de 2010


Não tinha nada a dizer
Era só estar vivo
Com esse tempo em chamas.
Depois veio você
Olhando tudo e eu vendo
Muito pouco.
Aquela noite era cedo
Anestesiada não senti
O corte do umbigo.
Depois sorriu? não não era riso
Era fome e leite abundante.
Todos os espelhos da casa partidos
Foi inevitável proposta.

Os meus dedos e os seus
Hoje fazem trança
No passeio
E nas pedaladas da tarde
Olhando ao longe garças finas
Elegantes esguias
Brancas tão branquinhas
Se fartarem no mangue.
É quando percebo
Suavemente
Que o amor/ essa pálida
Alvorada/ revoa
Sobre o bairro outra vez.

(Caminhos com Rudá.)

J. Guim

Sem comentários:

Enviar um comentário